Araçagi surgiu em meados do século XVIII, quando a região servia de pousada para os mercadores e tangerinos de gado que praticavam o comércio entre Mamanguape, que, na época, era conhecida como Monte-Mor, Marí e os sertões da então província da Paraíba. Alguns desses mercadores estabeleceram relações de amizade com os índios Guandus e fixaram-se num lugar conhecido como Rio dos Araçás.
A tradição oral conta que um português conhecido como Manoel estabeleceu-se em um lugar denominado de Tainha e, lá, casou-se com uma mestiça de nome Francisca, conhecida como dona Chiquinha. O casal teve filhos e deu origem a várias gerações. Presume-se que foi Manoel o doador de uma propriedade situada no povoado Rio dos Araçás. Naquele local, surgiu Araçagi. A palavra é tupi e significa “água de araçá”, pela junção de ara’sá (“araçá”)6 e ‘y (“água”)7 , numa alusão à grande quantidade dessa planta frutífera que se multiplicava, abundantemente, às margens do rio.
Em 1870, quando aqui chegou a família Melo, Padre Raulino Ricardo e trabalhadores cheios de boa vontade pelo progresso deste povoado, edificaram a primeira casa e o templo. Estava, assim, iniciada a formação do núcleo, um dos mais importantes que integravam o município de Guarabira. Foi o padre Francelino Coelho Viana que conseguiu melhores recursos e construiu a capela.
A emancipação política foi conseguida graças aos esforços de três homens: João Pessoa de Brito, João Felix da Silva e Olivio Câmara Maroja. A emancipação de Araçagi foi obtida graças à Lei Estadual 2 147, de 22 de julho de 1959.